domingo, 1 de maio de 2016

ARMA PARA DEFESA PESSOAL, QUAL A MELHOR ESCOLHA?



No Brasil, apesar do restritivo “Estatuto do Desarmamento” (Lei 10.826/2003), qualquer cidadão dito "comum", que preencha alguns requisitos (abaixo listados), pode adquirir legalmente, para sua defesa, até quatro armas de fogo, de qualquer tipo e calibre permitido.

            O operador do SINARM - (Sistema Nacional de Armas), é o Departamento de Policia Federal, sendo sua função, entre outras, expedir autorização para aquisição de arma de fogo após preenchidas as exigências legais.

ATENÇÃO

              É importante salientar que de acordo com o artigo 5º da lei 10.826/2003, o  Certificado de Registro de Arma de Fogo (CRAF), com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa.
    Aos residentes em área rural, considera-se residência ou domicílio toda a extensão do respectivo imóvel rural.

Requisitos para aquisição de armas de fogo:
  • Ser maior de 25 anos;
  • Apresentar original e cópia de documento de identificação pessoal
  • Apresentar comprovação de idoneidade, através de Certidões das Justiças Estadual, Militar, Eleitoral e Federal;
  • Ser aprovado em exame psicológico próprio, aplicado por profissional credenciado pelo DPF (Departamento de Polícia Federal);
  • Ser aprovado em teste de tiro aplicado por Instrutor Credenciado pelo DPF;
  • Comprovar residência fixa; e
  • Comprovar ocupação licita.



 Entretanto, na hora da compra, o cidadão acaba se deparando com o seguinte dilema: Qual a melhor arma para defesa? Revólver, pistola, espingarda ou rifles/carabinas? Normalmente na busca da resposta para esta pergunta, o comprador acaba se aconselhando com pessoas que nem sempre tem o conhecimento e a isenção necessários, emitindo em muitos casos, opiniões baseadas em “achismos” e mitos.
Neste breve artigo, vamos listar de forma isenta, alguns prós e contras de cada tipo de arma, a fim de dar a um potencial comprador subsídios para sua futura decisão de aquisição. Vamos nos ater, por enquanto, nas armas curtas, deixando a questão das espingardas e rifles/carabinas para uma próxima ocasião.
Antes, porém, é importante salientar que boa parte da resposta da pergunta em questão, está em uma autoanálise por parte do adquirente, como por exemplo:
  • Qual a finalidade da arma? (Porte? Defesa do lar? Pratica desportiva? Caça?)
  • Qual o meu tipo físico? (Mãos grandes, etc)
  • Qual o meu nível de treinamento? Tenho condições de treinar rotineiramente? 
  • Qual a minha condição financeira? Tenho condições de manter a arma e adquirir munições para treino?
 Resolvidas as questões referentes à condição do comprador, passemos às definições e vantagens/desvantagens apresentadas pelos dois tipos de armas:

REVÓLVER
Arma de repetição, de porte, de emprego individual, cujo funcionamento consiste em alinhar uma das várias câmaras de um cilindro rotativo (Tambor) com o cano e a partir daí efetuar o tiro. Criado em 1836 pelo americano Samuel Colt, sofreu poucas alterações em termos de design e funcionamento ao longo dos anos.
Revólver Taurus RT 85, modelo popular da famosa fabricante brasileira. Esta arma mantém as linhas e funcionalidades dos revolveres tradicionais.
 
Revólver de design moderno produzido na Itália pela empresa Chiappa Rhino (modelo 50 DS, calibre .357 Magnum). Note que além das linhas arrojadas, o cano é alinhado com a câmara mais baixa. Com isto, procurou-se alinhar a linha de recuo com a empunhadura, melhorando o controle da arma.
  
PISTOLA
Arma de porte, normalmente semiautomática, de emprego individual, cujo funcionamento consiste em aproveitar parte da energia dos gases gerados pela queima da pólvora para abrir a arma, extrair e ejetar o estojo, armar o mecanismo de disparo e fazer novo carregamento, retirando um cartucho do carregador (normalmente alojado dentro do punho) e introduzindo-o na câmara, situada na parte traseira do cano. Criada por volta de 1890, vem sendo aperfeiçoada ao longo dos anos, principalmente, no que se refere à segurança, facilidades de manejo e materiais empregados na produção.
 
Moderna pistola Taurus modelo 838, calibre .380 ACP. Recém lançada no mercado, com design moderno, excelente empunhadura, trilho Picatinny e comandos totalmente ambidestros, a princípio, constitui boa opção para quem quer uma arma de porte para defesa pessoal. Quanto à durabilidade e confiabilidade, só o tempo vai dizer.
 
Pistola Imbel .380 ACP GC MD1. Produzida a partir da mecânica da Colt 1911, este modelo disponível no mercado brasileiro, pela sua resistência e robustez, é boa opção para quem deseja uma arma para defesa pessoal, treino constante ou competições.
 
QUADRO COMPARATIVO

FUNÇÃO
PISTOLA
REVÓLVER
Poder de fogo
Neste quesito, as pistolas apresentam ampla vantagem, sendo comum atualmente usarem carregadores com capacidade acima dos 15 cartuchos. Desta forma, um atirador pode facilmente levar consigo cerca de 50 cartuchos, sendo a recarga, com um mínimo de treino, algo rápido e simples.
O grande "calo" da arma. O tambor permite pouca quantidade de munição, em média 5 a 7 cartuchos. Devido à necessidade de se retirar os estojos das câmaras antes, a recarga é demorada, o que pode ser amenizado com o uso dos chamados “Speed Loaders” ou “Jet Loaders”.
Portabilidade
Vantagem para as pistolas. Devido à sua espessura, em geral, ser mais ser mais fina e praticamente a mesma em toda a arma, torna-se mais facil de ser "portada".
Embora não seja algo impeditivo, devido à grande variedade de modelos e tamanhos ofertados, a grosso modo, comparando com a pistola, a portabilidade do revólver é inferior devido ao volume do tambor.
Segurança
Quanto à segurança, as pistolas modernas contam com travas externas e mecanismos internos que tornam a sua operação bastante segura. Entre elas podemos citar: Segurança do gatilho, trava do percussor, trava de empunhadura, etc. É importante frisar que quanto mais dispositivos de segurança uma arma empregar, mais peças serão usadas, consequentemente aumentam também as chances de avarias.
No que se refere à segurança, o revólver não fica nada a dever às pistolas. O mecanismo simples, somado ao uso da Barra de Transferência ou Calço de Segurança, tornam a arma “quase” a prova de tiros acidentais.
OBS: Seja qual for a arma utilizada, dispositivos de segurança jamais podem ser considerados infalíveis e substitutos do “Bom Senso”.
Facilidade de manejo
A pistola, por utilizar tecnologia mais sofisticada, requer um nível de treinamento maior de seu utilizador, principalmente, no que se refere à solução de panes. Entretanto, nada que um curso básico e treinamento constante não superem com facilidade. Os modelos mais modernos já foram adaptados para uso de destros e canhotos, sendo chamados de totalmente “Ambidestros”.
De mecânica simples, o revólver neste quesito é insuperável, sendo sua operação extremamente simples. Seu manejo por canhotos requer o desenvolvimento de técnicas individuais, porém, sem grandes dificuldades.
Peso do gatilho/precisão
Em geral, as pistolas após o primeiro tiro funcionam em ação simples, ou seja, o mecanismo de disparo já se encontra armado antes do tiro, o que torna o acionamento do gatilho mais leve e por consequência dá maior precisão à arma.
Os revólveres modernos podem funcionar tanto em ação simples como dupla. Imagina-se que no seu uso em defesa, para ganhar rapidez, o tiro será executado em ação dupla, o que torna o gatilho mais pesado, resultando em perda de precisão e de velocidade de tiro.
Empunhadura
Neste aspecto, a vantagem da pistola é insuperável. As excelentes ergonomias das empunhaduras modernas tornam o tiro com a arma mais confortável e o controle do recuo bastante facilitado.
Devido ao formato curvo do cabo e a posição alta do cano em relação ao cabo da arma, no que se refere ao conforto da empunhadura e administração do recuo, o revólver é inferior às pistolas.
Confiabilidade
Devido ao número de panes que uma pistola pode apresentar (Pane seca, nega de munição, chaminé, duplo carregamento, embuchamento), ela é, sem dúvida, se comparada ao revólver, menos confiável.
Por seu funcionamento simplificado, sendo necessário em caso de pane apenas novo acionamento do gatilho, o revólver é uma arma bastante confiável.




O presente artigo, como os demais já publicados neste Blog, não tem a pretensão de esgotar o assunto. "Revolveiros" e "Pistoleiros", sempre terão argumentos para tentar provar que a sua arma é a melhor opção. A este autor cabe sugerir que, ao adquirir uma arma de fogo, procure manusear o modelo escolhido antes da compra para certificar-se que fará a escolha mais adequada.  
Seja qual for o modelo escolhido, procure conhecer todas as potencialidades e possíveis fraquezas da arma. Finalmente, fica o conselho: Treine muito. Quando achar que está suficientemente treinado, você vai entender que: 
"Treinar é preciso e o torna preciso".


sexta-feira, 1 de agosto de 2014

PISTOLAS AUTOMÁTICAS

      Quase sempre que leio ou ouço falar sobre armas na imprensa brasileira, fico extremamente contrariado em razão das muitas asneiras ditas e publicadas. Nessas horas, vendo e ouvindo tanta bobagem, começo a pensar sobre os outros assuntos noticiados. Será que são publicados depois de rigorosa pesquisa, ou como no caso das armas, são também cheios de "achismos" e sensacionalismos?
      Quando se trata de falar sobre armas, a regra da imprensa é usar palavras de impacto e exageros, tais como: "Arma de grosso calibre", falando de um fuzil .223, "Pistola automática", falando de uma Beretta 92, "Escopeta que mata elefantes", falando de uma espingarda calibre 12, "Arma invisível ao raio-X", falando de uma Glock e por aí vai a trilha de absurdos.
      Pois bem, neste artigo, pelo menos no que se refere às pistolas, pretendemos levar aos mais leigos, a informação de que a grande maioria delas, na realidade são semiautomáticas, ou seja, a cada tiro o atirador tem que aliviar o gatilho e acioná-lo novamente para novo disparo. Já as pistolas ditas automáticas, são aquelas que uma vez acionado o gatilho, continuam disparando até que o mesmo seja aliviado ou acabe a munição do carregador. São aquelas capazes de dar "rajadas", que podem ser continuas ou limitadas a dois ou três tiros.
      Pistolas automáticas existem há muitos anos, no entanto, devido às dimensões reduzidas, são extremamente difíceis de controlar quando atirando deste modo. Desta forma, a grande maioria dos modelos produzidos, destinam-se ao emprego em operações especiais, por parte de tropas militares e equipes policiais com treinamento diferenciado. A maioria das pistolas automáticas foram desenvolvidas a partir de projetos de armas semiautomáticas já existentes.
       É importante não confundir o tipo das armas abordadas aqui com as submetralhadoras, que embora em sua maioria utilizem munições de pistolas, são armas mais volumosas e normalmente requerem o emprego das duas mãos para serem operadas. Tal confusão se torna possível em virtude de que em muitos países, as submetralhadoras recebem a denominação de pistolas-metralhadoras, como em Portugal ou na Alemanha (Maschinenpistole - MP).
      A seguir, vamos relacionar alguns dos modelos mais conhecidos de pistolas automáticas, bem como fazer um breve resumo de sua história e características.

MAUSER M712 SCHNELLFEUER
      Esta arma é uma versão de tiro seletivo da famosa Pistola Mauser C-96. Sua história começa quando na década de 1920, os espanhóis, que até então somente produziam cópias da C-96, desenvolveram uma versão com opção de tiro seletivo, ou seja, automático e semiautomático, visando o mercado exterior, principalmente a China.
      Vendo a viabilidade da arma, em face do mercado existente, a Mauser Waffenfabrik resolve também produzir sua própria versão de tiro seletivo. Então, em 1932, lança o modelo M712, chamado de "Schnellfeuer", que em alemão significa "fogo rápido". A arma, baseada no modelo 1930 da C-96, utilizava carregadores destacáveis para 10 e 20 cartuchos e calibre 7,63X25 mm Mauser. A velocidade teórica de tiro era algo em torno de 900 tiros por minuto.
      No total, foram produzidas entre 1932 e 1938, perto de 98.000 unidades destas armas. O Brasil, tornou-se um dos clientes, adquirindo cerca de 500 unidades para as policias militares do antigo Distrito Federal (RJ) e São Paulo. Aqui, parte destas armas sofreram algumas alterações, sendo chamadas de PASAM (Pistola Automática Semiautomática Militar). As alterações, feitas por um armeiro de origem espanhola chamado Jener Damau Arroyo, foram realizadas com a finalidade de fornecer um maior controle da arma quando em tiro automático. Hoje, estas armas não são mais utilizadas, entretanto, segundo informações de uma fonte confiável, parte delas ainda encontram-se nos paióis de alguns batalhões da PMERJ.
Vista lateral esquerda de uma Pistola M712 com carregador para 20 cartuchos. Este modelo é baseado no projeto de Karl Westinger. Foram produzidos também exemplares com base no projeto de Josef Nickl, porém o de Westinger foi o mais usado e é o mais encontrado. De forma geral, a principal diferença entre as versões encontra-se no design da alavanca seletora.
PASAM (1ª Modificação)

PASAM (2ª Modificação)

STECHKIN APS
      A pistola automática Stechkin ou APS (Avtomaticheskiy Pistolet Stechkina, em russo: Автоматический Пистолет Стечкина) foi projetada por Igor Yakovlevich Stechkin e foi adotada pelo Exército Soviético, juntamente com a pistola Makarov, em 1951. Sua destinação foi equipar o pessoal da artilharia, guarnições de tanques, portadores de RPG e tripulações de aeronaves, ou seja, combatentes da retaguarda ou que devido às suas funções não poderiam portar uma arma mais volumosa, como um fuzil. 
      A Stechkin usa o calibre 9X18 mm Makarov e um carregador padrão com capacidade para 20 cartuchos. O seletor de tiro/alavanca de segurança possui três posições: Seguro, semiautomático e automático. A velocidade teórica de tiro, graças a um redutor, gira em torno de 700 TPM. A exemplo da Mauser M712, a Stechkin também possui uma coronha/coldre de madeira para disparar com a arma a partir do ombro.
      Considerada pesada para a categoria (1,220 kg com carregador cheio e sem coronha), a arma foi retirada de serviço na década de 1970. No entanto, posteriormente foi utilizada por diversos grupos de operações especiais, especialmente a versão silenciada denominada APB (Avtomaticheskij Pistolet Besshumny - Pistola automática silenciada).

Vista lateral esquerda de uma APS. (A borracha em torno da empunhadura não é original)
A APS com sua sua coronha/coldre acoplada.
A versão silenciada da APS, chamada APB, com o supressor acoplado e a coronha metálica destacável abaixo.



































Heckler & Koch VP-70
      A H&K VP-70 (Volkspistole - Pistola do povo, modelo 1970), foi a primeira arma a empregar uma armação de polímero (muitos acham que foi a pistola Glock, no entanto, esta só seria lançada 12 anos depois). Produzida principalmente no calibre 9 mm Luger (9x19 mm), teve também alguns exemplares dimensionados para o calibre 9X21 mm, utilizando em ambos os casos, carregadores com capacidade para 18 cartuchos.
      A arma foi produzida em duas versões: VP-70M (militar) e VP-70Z (civil). A diferença fundamental entre as duas versões, é que a militar possui uma coronha/coldre que uma vez acoplada à arma, permite realizar tiro semiautomático ou automático em rajadas limitadas de 3 tiros (burst). Retirada a coronha, a arma funciona somente de forma semiautomática, como na versão civil.

Vista lateral esquerda de uma VP-70M. Note o seletor de tiro situado na parte superior da coronha/coldre. Apesar da limitação da rajada em apenas 3 tiros, durante este ciclo a velocidade teórica de tiro é de cerca de 2.200 tiros por minuto.

BERETTA M93R
      Esta arma surgiu na Itália, no fim da década de 70 e tem seu desenho inspirado na pistola Beretta M92, cuja produção, permanece até os dias atuais. Ela foi criada para atender a demanda de alguns esquadrões policiais e militares, que necessitavam de uma arma com dimensões de pistola, porém, com maior capacidade de fogo. O significado da denominação utilizada é o seguinte: Calibre 9 mm, 3º modelo e o "R" vem de "Raffica", que significa rajada , em italiano.
      A 93R possui capacidade de tiro seletivo, podendo realizar disparos em semiautomático ou em rajadas controladas de 3 tiros. O sistema mecânico que controla o tiro em modo automático é localizado sob a placa do punho, no lado direito da arma. Além de também usar o calibre 9 mm Luger, o funcionamento da pistola obedece os mesmos princípios do modelo 92, ou seja, curto recuo do cano, com sistema de trancamento através de bloco deslizante vertical. No entanto, ao contrário da M92, que funciona tanto por ação simples ou dupla, a 93R dispara apenas em ação simples.
      No que se refere à apresentação geral da arma, ela possui diversas alterações e acessórios não encontrados na 92. Entre elas, podemos destacar:
  • Existência de um punho rebatível, fixado na parte anterior do guarda-mato, com a finalidade de permitir maior controle da arma quando disparando em rajadas;
  • Carregador com capacidade para 20 cartuchos, no entanto, ela pode usar os carregadores da M92 sem maiores problemas;
  • Seletor de tiro localizado na parte posterior da armação. O seletor utiliza o mesmo eixo da alavanca de segurança, no entanto, ambos trabalham de forma independente;
  • Armação e ferrolho reforçados de modo a suportar a elevada velocidade teórica de tiro de 1.100 TPM, quando disparando em rajadas; e
  • Capacidade de adaptação de uma coronha especialmente desenvolvida para disparar a partir do ombro.
Vista lateral direita de uma Beretta 93R com a coronha destacável acoplada.

Detalhe do seletor de tiro e da alavanca de segurança da 93R.

Vista da complicado mecanismo controlador da rajada de 3 tiros.

GLOCK 18
       É uma versão da pistola Glock modelo 17, também em calibre 9 mm Luger, capaz disparar tanto em semiautomático, como em modo totalmente automático. Esta arma foi projetada pela Glock, a pedido da unidade antiterrorista austríaca EKO Cobra (Einsatzkommando Cobra) e sua primeira aparição data de 1986.
        A Glock 18 utiliza como padrão um carregador com capacidade para 33 cartuchos, no entanto, pode utilizar também os de 10, 17 ou 19 cartuchos. No modelo inicial, salvo pela existência do seletor de tiro, situado na parte posterior esquerda do ferrolho, a arma assemelha-se muito à Glock 17. Posteriormente, foi lançada uma versão denominada 18C, onde a principal alteração foi um corte na parte superior da dianteira do ferrolho, com a finalidade de facilitar o escape dos gases, oriundos de quatro cortes feitos na parte superior do cano. O propósito desta alteração foi melhorar o controle da subida da boca do cano, quando disparando em modo automático. A velocidade teórica de tiro, em ambas as versões, gira em torno  de 1.200 TPM.
      Como nas demais armas da categoria, a G18/G18C também podem ser acopladas à uma coronha tipo esqueleto, especialmente desenhada para dispara-las a partir do ombro.
Vista lateral esquerda de uma Glock 18 equipada com um carregador para 33 cartuchos.
Vista superior de uma Glock 18C. Note o rasgo na parte superior de ferrolho e os cortes compensadores progressivos existentes no cano.